segunda-feira, 5 de abril de 2010

Freud explica baby!


Todos os erros cometidos sem perdão.

Todas as dúvidas imaginadas ou não.

Certezas tão incertas.

Incertezas tão certas.

Medos do algo novo que ainda está por vir.

Medo do já escondido no quarto onde ninguém possa assistir.

Na voz indecisa do: eu te amo!

Na voz passiva de quando te chamo!

No orgasmo dos sentimentos.

Na esperança de novos inventos.

No olhar doce de um cão.

Na alegria acesa de um folião.

Na graciosa arte de imaginar.

Na tolice do verbo amar.

Crer no algo que se possa sentir.

Dissimular para não querer mentir.

Cara amarrada no contentamento

Ou cara fechada no entrosamento?

O beijo falso que possa matar

Ou abraço gélido que possa arrepiar?

Na sensação do toque, o prazer.

Algo novo que possamos trazer.

Outro par para dançar.

Ou outro amor para trepar ?

Outra dor para beber.

Ou encher a cara até doer?

Comer com os olhos nus.

Tudo aquilo que lhe conduz?

Cuspir na cara as palavras sujas e afiadas.

Ou maldizer cantigas dúbias forçadas?

Saborear o veneno do vinho na garganta

Ou a fumaça do cigarro na cara de alguém que te afronta?

Queremos mais é causar dúvidas.

Bater o pé no chão e gritar nossas perguntas.

Responder talvez.

Perguntar é de praxe.

Queremos mais é nos expor nessa incógnita.

Estarmos livres e presos nas realidades das nossas incertezas.

Veremos o que podemos mastigar e engolir.

Mas não prometemos nada se suas idéias fizerem nosso vomito querer sair.

Queremos mais é sangrar a certeza.

Jurar para a razão nossos medos e tristezas.

E se nada der certo nessas palavras.

Não estaremos preocupados.

Só responderemos uma coisa aos desamparados:

Ah! Se liga, Freud explica, baby!

Júnior!

2 comentários: